08 julho 2007

Cazuza um ídolo mesmo após 17 anos




7 de julho de 1990, o dia amanheceu mais triste do que normalmente. Às 8h da manhã vem a confirmação, minutos depois nota-se um país silencioso e triste. Tudo por que nesse dia Agenor de Miranda Araújo Neto, mais conhecido como Cazuza, faleceu no apartamento de seus pais na zona sul do Rio de Janeiro.

Nascido a 04 de Abril de 1958, Cazuza marcou época. No início dos anos 80 se reuniu com Frejat, Dé, Maurício e Guto para formar a banda BARÃO VERMELHO. Como primeiro sucesso: Pro dia nascer feliz, depois Bete Balanço, Maior Abandonado entre outros.





Em 1985 Cazuza decide separar-se do grupo e seguir carreira solo. No mesmo ano lança o disco "Exagerado" que tem entre suas faixas as músicas: Exagerado e Codinome Beija-Flor. Em 1987 vem o disco "Só se for a dois" com os sucessos: Só se for a dois e principalmente O nosso amor a gente inventa.




Neste ano descobre ser portador do vírus HIV. Começa aí uma luta pela vida. Internado várias vezes em Boston, EUA, e outras tantas no Brasil, Cazuza não desiste e ainda arruma força para lançar mais três discos.

"Ideologia" foi lançado em 1988 com os sucessos: Ideologia, Brasil e Faz parte do meu show, sucessos estes da novela Vale Tudo da Rede Globo.

Em 1989 no Canecão RJ, faz o show ao vivo Ideologia que deu origem ao disco: "O tempo não pára". Neste show ele canta "Se você achar que eu estou derrotado saiba que ainda estão rolando os dados" passagem da música O tempo não pára.

Neste mesmo ano, já muito debilitado pela doença, ele grava sentado e ás vezes deitado no estúdio o seu último disco. Um álbum duplo chamado Burguesia. São 20 faixas e a que deu nome ao disco ele canta "A burguesia fede, a burguesia quer ficar rica. Enquanto houver burguesia não vai haver poesia".




Já faz 17 anos que ele se foi, deixando ao mundo uma mensagem de luta e esperança. Esperança em um mundo melhor que pouco a pouco vai se modificando. Mostrou que mesmo contendo uma doença terminal não se deve parar e nem desistir da vida.

Cazuza foi um lutador e assim como ele seus pais. Lucinha Araújo e João Araújo fundaram no mesmo ano da morte de seu filho a "Sociedade Viva Cazuza”, uma entidade beneficente que presta apoio a crianças portadoras do vírus da AIDS. Um projeto muito bonito que mantém o poeta vivo dentro do coração de todos.



"Eu vejo o futuro repitir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades. O tempo não pára!"

Viva Cazuza , hoje e por muito mais de 17 anos!!!

Um comentário:

Anônimo disse...

Linda a homenagem...
Como você disse o poeta está vivo em nossos corações. E estará sempre.
Os poetas são imortais...
Viva Cazuza por 17, 50, 100 anos!!!
beijos.